10 de Ouros

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Bom dia! :-)

Antes de falar sobre o 10 de Ouros lindão, gostaria de falar (escrever) sobre outras coisas... Coisas que foram tema de reflexão aqui, agora há pouco, antes de iniciar a postagem.

Vivemos em um mundo louco e corrido (falei disso na postagem de ontem), em que temos muita pressa e, normalmente, estamos sempre atrasados. Nunca fui muito amiga de Cronos...rs Ou melhor, acho que ele nunca foi muito meu amigo. Desde que me entendo por gente, pareço o coelho da Alice, sempre lutando contra o tempo. Quando era mais nova, lutava contra o tempo porque me perdia em pensamentos, atividades dispersivas (ou preguiça mesmo! rs) e sempre chegava atrasada! Na escola, na faculdade, mas também nas festas e encontros. Ou seja, não era descaso com o evento, eu me enrolava mesmo!

O tempo passou e eu me vi envolvida com tantas atividades e responsabilidades que tive que dar um jeito nisso. Não digo que sou uma criatura de pontualidade britânica, mas melhorei absurdamente. O problema então passou a ser menos de tempo e mais de espaço: espaço nas 24h do dia. Como costumo dizer, para fazer mais coisas do que faço hoje, só se eu considerar o sono um supérfluo e passar as madrugadas em claro. Um pouco de exagero leonino, mas quase isso!

Meus dias são cronometrados! Um pequeno atraso em uma atividade pode desandar todo o resto! E se tem um tornozelo torcido então, nem se fala! Desde que a minha vida ficou deste jeito, há uns dois anos, tenho percebido que minha memória (razão de grande orgulho) anda falhando... E quando digo que ela falha, não estou dizendo que eu esqueço de fazer algo e depois me lembro, no susto. Quero dizer que a informação é totalmente deletada do meu ser! A ponto de eu ser capaz de jurar que não sabia daquilo, porque, de fato, não sabia (mais). Isso me apavora, confesso... Faz com que eu sinta que não tenho controle nem do meu cérebro, que dirá da minha vida. Ok, nada está sob controle - blablablá... - mas neste momento estou só desabafando, não estou mandando a real! rs

Na reflexão que fiz há pouco, estava concluindo que esse processo foi uma das fortes razões que me fizeram preferir ficar sozinha durante um bom tempo, e não estou me referindo somente a namoro, mas também às amizades. Quando nos relacionamos com as pessoas criamos laços... E estes laços precisam ser nutridos, alimentados, e eu me vejo constantemente em situações em que não consigo alimentar nem o meu corpo! Chegar na escola sem almoçar é rotina. Atropelar todos os meus princípios de boa alimentação e "almoçar" um pão de queijo e um mate, também. E eu não quero me sentir em falta com as pessoas que amo... Mas em alguns momentos é quase uma questão de sobrevivência: ou eu me alimento ou alimento os outros. E em algumas outras vezes a quantidade de informações e obrigações na cabeça é tanta, que eu me esqueço. Esqueço de mim, esqueço de enviar a lista com o pedido de material da escola no dia certo, esqueço se o cliente queria a consulta por skype ou por email (aí vou para o skype e fico lá uns 20 minutos, até descobrir pelos emails trocados que era por email e não por skype), esqueço de avisar o filho que começou a chover (estou trabalhando na escola e estou de olho no tempo) e tem roupa no varal. Esqueço! E creio que isto tudo seja minha alma gritando algo como "não tá tranquilo... não tá favorável".

Mas ainda assim olho tudo e parece tudo tão perfeito! Estou onde gostaria de estar, tenho um filho maravilhoso, um namorado que veio como um presente (e quase que eu não aceito, porque estava na fase "não tenho tempo para me envolver"), uma família que eu amo demais, todos saudáveis e presentes em minha vida, amigos e amigas muito especiais, um emprego estável numa escola cheia de crianças fofas e um trabalho com o tarot que me nutre a alma. Se eu reclamar, estarei sendo muito injusta, estarei sendo ingrata. Por outro lado, se eu tivesse o poder de mudar alguma coisa, eu mudaria a quantidade de horas: ou do dia ou das coisas que preciso fazer. Porque às vezes eu me enrolo e só eu sei o quanto isso é duro (e frustrante e angustiante) pra mim. Só quem tem ascendente em Libra sabe a dor que é quando não cumprimos o que prometemos... mesmo que tenhamos feito isso porque, simplesmente, não lembramos que prometemos. E tudo que nos resta é pedir desculpas e esperar que as pessoas sejam generosas conosco da forma que procuramos ser com elas.

Mas chega de desabafo, né? rs É que às vezes quem muito ouve precisa falar também, e apesar de eu falar pelos cotovelos não gosto muito de falar sobre as minhas fragilidades e dificuldades. Orgulho besta, eu sei...

Minha esperança está contida neste 10 de Ouros, pra ser sincera...rs Porque ele é a proteção, a segurança, a estabilidade, o aconchego e esses são itens muito preciosos para mim. Sempre que esta carta aparece, temos muito clara uma situação em que o recado diz "vai tranquilo... vai sem medo" e é tão bom caminhar sorridente em direção a um objetivo. O foco desta carta, nas imagens da maior parte dos baralhos, está no resultado material que se conquistou através do trabalho e na família. Mas hoje estamos sob os auspícios de Vênus, então temos o direito de puxar essa energia para o departamento amorzinho. Em termos práticos, temos o fortalecimento das relações, temos o abraço quentinho, temos momentos de tranquilidade e harmonia. O 10 de Ouros é chamado, muitas vezes, de o castelo. E creio que isso aconteça porque temos o conceito de lar associado ao conceito de proteção e solidez. Ou seja, ali temos luz, calor, amor, carinho, intimidade, cumplicidade, liberdade, prazer, sorrisos, conversas, silêncios e paz. Vocês têm um ou mais castelos? Eu tenho vários castelos nesta vida: meu filho, meus pais, meus amigos...  E um deles se chama Eduardo (sim, namorado, este é um pedido de desculpas público pelo meu esquecimento de ontem) e sou muito grata por tê-lo. Quando temos castelos e quando somos castelo nunca morremos de frio e a vida é mais doce.

Que a sexta-feira seja quentinha e doce!

A imagem veio daqui

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